Governo japonês tenta confirmar vídeo de execução de refém pelo EI

Haruta Yukawa é um dos japoneses em poder do grupo Estado Islâmico. Jihadistas haviam pedido US$ 200 milhões ao Japão pelos reféns.


O governo japonês tentou neste sábado (24) confirmar um vídeo com o que seria a execução de Haruta Yukawa, de 42 anos, um dos dois reféns japoneses em poder do grupo radical Estado Islâmico.

O porta-voz do governo, segundo a agência Reuters, disse que a suposta execução é "ultrajante" e "inaceitável". Ele exigiu a imediata liberação de Kenji Goto, de 47 anos.

O secretário-chefe de gabinete Yoshihide Suga afirmou em um breve comunicado televisionado que o vídeo aparentemente mostra Haruta sendo morto.

Ainda segundo a Reuters, o governo japonês afirmou que não poupará esforços para assegurar a soltura do outro refém e que não vai se render ao terrorismo.

O prazo dado pelo grupo jihadista para o pagamento de um resgate no valor de US$ 200 milhões acabou nesta sexta-feira.

Segundo a agência de notícias EFE, um suposto áudio de Kenji confirmando a execução de Haruta foi divulgado na internet, mas não há nenhuma confirmação oficial.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, falou a jornalistas neste sábado, após a divulgação da imagem. Ele afirmou que o  "Japão nunca se vai se dobrar perante os terroristas".

"O Japão vai continuar contribuindo com a luta da comunidade internacional a favor da paz e contra do terrorismo", acrescentou Abe após a realização de uma reunião de emergência de membros do governo japonês convocada por conta da divulgação da gravação.

"Não tenho palavras para descrever a dor de sua família. Esse é um ato de terrorismo imperdoável e uma barbaridade. Estou indignado e o condeno energicamente", disse o primeiro-ministro sobre a execução de Yukawa.

Entenda o caso
Em um vídeo publicado na internet na última terça-feira, um suposto membro do grupo jihadista deu um prazo de 72 horas ao governo do Japão para pagar US$ 200 milhões e evitar a execução de dois reféns de nacionalidade japonesa.

[caption id="attachment_1076" align="alignleft" width="300"]Primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, fala com jornalistas depois de uma nova mensagem divulgada por membros do Estado Islâmico neste sábado (24) (Foto: AP Photo/Kyodo News) Primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, fala com
jornalistas depois de uma nova mensagem divulgada
por membros do Estado Islâmico neste sábado (24)
(Foto: AP Photo/Kyodo News)[/caption]

Uma vez cumprido o prazo na sexta-feira(24), as autoridades de Tóquio garantiram que continuarão fazendo o possível para libertar os reféns.

O governo revelou que mantém contato com países como Jordânia e Turquia para, através deles, conseguir chegar a autoridades religiosas e líderes locais que ajudem o Japão a conseguir a libertação dos dois reféns.

Muhammed Ibrahim, um membro do grupo opositor sírio Coalizão Nacional Síria (CNFROS), revelou, por sua vez, à emissora pública japonesa 'NHK' que seu grupo está ajudando o Japão a conseguir a libertação dos dois reféns.

Ibrahim explicou que alguns membros da coalizão estão recolhendo informações sobre os reféns a pedido do governo japonês.

Os dois japoneses sequestrados pelo Estado Islâmico são Kenji Goto, um conhecido jornalista freelancer de 47 anos, e Haruna Yukawa, um homem de 42 anos que aparentemente viajou à Síria para montar uma empresa de segurança e que acabou se unindo a um grupo rebelde, rival do EI.
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