Secretária norte-americana denunciou 'conflito controlado pelo Kremlin'. Poroshenko anunciou retirada de grande parte de armas na linha de frente.
Os Estados Unidos acusaram nesta terça-feira (10) a Rússia de impor um "reino de terror" na Crimeia e no leste separatista pró-russo da Ucrânia, apesar do anúncio do presidente Petro Poroshenko da retirada de grande parte das armas pesadas ao longo da linha de frente.
"Mesmo a Ucrânia construindo uma nação pacífica, democrática e independente em 93% de seu território, a Crimeia e o leste da Ucrânia estão sob o controle de um reino de terror", criticou a secretária de Estado Adjunto para a Europa, Victoria Nuland, diante de uma comissão do Senado.
Ela também denunciou no leste um "conflito fabricado, controlado pelo Kremlin, alimentado por tanques e armas pesadas russas, financiado pelos contribuintes russos".
"Isso custou a vida de mais de 6.000 ucranianos, mas também de centenas de jovens russos enviados pelo Kremlin para lutar e morrer, em uma guerra que o seu governo nega", ressaltou Nuland, que já afirmou na semana passada que milhares de soldados russos estão na Ucrânia para apoiar os rebeldes pró-russos.
Os países ocidentais e o governo ucraniano acusam a Rússia de apoiar militarmente os separatistas, o que Moscou nega.
As declarações de Nuland se seguem a um discurso austero do ministro das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond, que acusou mais cedo durante o dia o presidente russo de "violar" as regras que permitiram estabelecer a paz na Europa. A Rússia "tem o potencial de criar a maior ameaça a nossa segurança", acrescentou.
Na Ucrânia, o presidente Poroshenko afirmou que o cessar-fogo em vigor desde 15 de janeiro tem sido respeitado globalmente, apesar de confrontos esporádicos.
"Ao longo dos 485 km da linha de frente, não foram registrados disparos de artilharia, com exceção de algumas localidades. Em contrapartida, foram utilizadas armas de fogo e granadas" com maior frequência, declarou o presidente à televisão.
"A parte ucraniana retirou a maior parte de seus sistemas de lançamento de foguetes e de artilharia pesada", em conformidade com os acordos de Minsk, declarou o presidente na segunda-feira à televisão pública ucraniana.
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